O artigo que você poderá baixar a seguir mergulha nas engrenagens invisíveis do trabalho por aplicativos no Brasil. A partir de revisão teórica e de 150 entrevistas com motoristas e entregadores, os autores mostram como o capital das big techs exerce um “controle despótico” via algoritmos e, ao mesmo tempo, transfere para os trabalhadores todos os custos de produção — veículo, combustível, celular, internet. Esse processo é chamado de dupla expropriação: captura‑se tanto o tempo de vida quanto os próprios meios de trabalho.
O estudo também revela dados inéditos sobre jornadas de 9‑15 h diárias, gastos semanais com combustível e a percepção quase unânime de que as plataformas exploram seu exército digital. Leitura essencial para quem quer entender por que debates sobre regulação, direitos trabalhistas e transparência algorítmica se tornaram centrais na economia de plataformas.
